Continua a saga<br>dos negócios nos <em>CTT</em>
A entrega de uma empresa do Grupo CTT a uma operadora privada foi o mais recente dos estranhos negócios que têm caracterizado a actuação da administração presidida por Carlos Horta e Costa.
A denúncia do caso Telepost foi feita pelo Sindicato Nacional dos Correios e Telecomunicações, que assim pretendeu alertar a opinião pública e o ministro da Economia (como representante do accionista único dos Correios, o Estado) para o facto de os CTT continuarem a ser geridos como se fossem uma empresa familiar. O sindicato reconhece que o facto de serem uma sociedade anónima, isentos do controlo do Tribunal de Contas, permite «isso e muito mais», já que o Governo deixa o caminho livre à administração e, «face às denúncias e chamadas de atenção para a realidade vivida na empresa, demonstra um autismo deveras atroz».
Quando a Telepost «estava finalmente a dar lucro» e tinha «quase concluídas as negociações para uma parceria justa e rentável para os CTT com a Edinfor, do Grupo EDP», concretizou-se um «inesperado negócio». Na fusão foi entregue à holding MailTec, notando o SNTCT que esta ficou com 51 por cento da fusão negociada. Assim, «da quase falência, passa a estar viabilizada à conta dos CTT». Acrescenta ainda o sindicato que, com este negócio, «vai para o lixo um avultado investimento, feito no edifício CTT da Avenida Marechal Gomes da Costa, em Lisboa, na previsão de que a Telepost aí se mantivesse nos próximos 10 anos».
Este episódio vem no seguimento do «desmantelamento irracional da estrutura operacional da empresa CTT» que, de acordo com o sindicato, já tem efeitos no serviço público postal, com atraso crescente na distribuição domiciliária de correio e exagerado tempo de espera para atendimento nas estações. Tem havido igualmente substituição de serviços técnicos dos CTT por serviços de terceiros, mais onerosos para a empresa, bem como alienações de património imóvel «a preços de saldo, quase sempre seguidas de alugueres de instalações inapropriadas». É ainda denunciada a «sangria de quadros dirigentes» dos Correios, que são substituídos «por gente que não se sabe de onde vem nem para onde vai».
A denúncia do caso Telepost foi feita pelo Sindicato Nacional dos Correios e Telecomunicações, que assim pretendeu alertar a opinião pública e o ministro da Economia (como representante do accionista único dos Correios, o Estado) para o facto de os CTT continuarem a ser geridos como se fossem uma empresa familiar. O sindicato reconhece que o facto de serem uma sociedade anónima, isentos do controlo do Tribunal de Contas, permite «isso e muito mais», já que o Governo deixa o caminho livre à administração e, «face às denúncias e chamadas de atenção para a realidade vivida na empresa, demonstra um autismo deveras atroz».
Quando a Telepost «estava finalmente a dar lucro» e tinha «quase concluídas as negociações para uma parceria justa e rentável para os CTT com a Edinfor, do Grupo EDP», concretizou-se um «inesperado negócio». Na fusão foi entregue à holding MailTec, notando o SNTCT que esta ficou com 51 por cento da fusão negociada. Assim, «da quase falência, passa a estar viabilizada à conta dos CTT». Acrescenta ainda o sindicato que, com este negócio, «vai para o lixo um avultado investimento, feito no edifício CTT da Avenida Marechal Gomes da Costa, em Lisboa, na previsão de que a Telepost aí se mantivesse nos próximos 10 anos».
Este episódio vem no seguimento do «desmantelamento irracional da estrutura operacional da empresa CTT» que, de acordo com o sindicato, já tem efeitos no serviço público postal, com atraso crescente na distribuição domiciliária de correio e exagerado tempo de espera para atendimento nas estações. Tem havido igualmente substituição de serviços técnicos dos CTT por serviços de terceiros, mais onerosos para a empresa, bem como alienações de património imóvel «a preços de saldo, quase sempre seguidas de alugueres de instalações inapropriadas». É ainda denunciada a «sangria de quadros dirigentes» dos Correios, que são substituídos «por gente que não se sabe de onde vem nem para onde vai».